16 de abr. de 2009

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Evitei de falar sobre o terremoto enquanto estava muito abalada com o que aconteceu. Lógico que todas essas grandes tragédias quase sempre 'ao vivo' provocam emoção, ainda mais quando assim tão perto. O primeiro pensamento é "poderia ter acontecido comigo" e por mais que eu tenha tentado me colocar no lugar daquelas pessoas, não penso que tenha alcançado nem mesmo um milésimo daquilo que passa quem está dentro do fato.
Imaginar de perder família, casa e trabalho numa fração de segundos, fugir de casa em pijamas e sentir o chão que pode se abrir debaixo dos seus pés e conseguir ainda respirar, é sobreviver somente com a casca. É andar em círculo, carregando o corpo como um fardo desconhecido sem saber que direção tomar. É saber que o futuro é mais incerto que antes, principalmente se você já viveu metade da sua vida e sabe que não tem mais chances de se recuperar em maneira satisfatória.
Sem falar que vai ter que conviver com aquele trauma prá sempre.

As pessoas, de qualquer jeito, acham forças para tentar cancelar a desgraça e continuam a lutar.
Admirável a solidariedade de toda a população e os milhares de voluntários que correram para ajudar como podiam.
Execrável o comportamento de um certo tipo de informação, que não exitou em profanar a dor das pessoas, entrando nos buracos desabantes para gravar os gemidos, fazendo close em choro de gente ainda em estado de choque e pedindo a quem perdeu os filhos de contar como foi essa experiência. Vi pouca televisão nesses dias para não aumentar a raiva.

Passada mais de uma semana, enterrados os quase 300 mortos (as escavações continuam), as 40 mil pessoas sem teto se viram como podem nos acampamentos organizados em tempo record e lutam contra o frio e o desconforto esperando sim, ajuda externa, mas com uma enorme força de vontade de reconstruir a normalidade.
E a terra continua a tremer.

Pensem na vida crianças.





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