2 de fev. de 2009

Segunda- feira


Neve prá dedéu. A porta da loja se bloqueou (pulou uma mola). Chamei o homem para consertar e ele perguntou se eu estava doida em querer que ele saísse de casa com esse tempo. Conseguimos abrir mas será difícil que se feche. Mandei meu marido tirar a neve e ele quis a minha ajuda. Congelei as mãos.
Maldita corrente atlantica.



Justiça justíssima

Notícia de hoje no jornal (adoro tudo que é idiota)

Tenta enforcar-se na cela
Processado: Pague os lençóis


ROMA - Desesperado, sem horizontes, sozinho com os seus pensamentos naquela cela. O presidiário curdo decide de acabar com tudo, rasga dois lençóis em listrinhas, amarra tudo e coloca a corda no pescoço. Mas eis que os guardas carcerários desconfiam da situação e o salvam no último momento.

História com final feliz? Sim, mas com multa. O Estado Italiano quer o dinheiro dos lençóis: 7 euros. O quase suicida, que no entanto saiu do cárcere e obteve asilo político, reembolsa o que deve e pensa que acabou ali. Mas não, a engrenagem mortal já entrou em movimento, como conta um jornal de Trieste. Pode até ser que ele estava deprimido e inclinado a deixar este mundo, mas o curdo estraçalhou os dois lençóis e por isso o juiz o chamou outra vez no Tribunal acusado por 'grave dano'. O motivo dado é muito severo: "com consciencia e vontade destruiu um bem da administração pública".

No primeiro grau os juizes se convenceram que não eram suficientes os sete euros já ressarcidos, precisam dar também uma sanção e deve constar nos atos que até quem se suicida deve respeitar as obrigações, não podem usar impunemente os bens que não são de sua propriedade somente porque obrigados por uma emergência. No final, lhe dão uma multa de 30 euros.

Acabou? Não, vamos em frente. Os defensores do curdo recorrem em apelo e pede que o seu cliente seja absolvido. Afinal, a situação na qual o reato foi cometido era dramática, o homem era em evidente estado de prostração, havia decidido de terminar com a vida e, olhando à sua volta, não encontrou nada senão os lençóis para realizar o seu intento.
Três magistrados se reuniram na Camera de Conselho para discutir o delicado caso. No final da sofrida reunião decidem que o homem não pode ser absolvido mas reduzem a multa para 25 euros.

E depois dizem que a justiça não funciona.

Fonte: Repubblica.it



Será que o Depoimento Anônimo já passou por algo parecido?