30 de dez. de 2008

Hoje saí da toca porque veio uma amiga e me puxou prá girovagar nas lojas. Saímos às 10, tomamos café da manhã na rua e depois fomos para um shopping.
Eu falei que não iria demorar porque não deixei nada pro almoço mas, quem acredita? Cheguei em casa quase às duas da tarde e fomos pegar comida no japonês.
Ganhei três balas japonesas e uns copinhos de ceramica para saquê que depois me arrependi, já sei que não vou usar nunca e recomeçar a encher a porcaria da cristaleira que consegui limpar e jogar fora as baboseiras como esta.

O problema maior foram as balas: fiquei encantada com as embalagens coloridas e feitas muito bem, cada uma parecia um pequeno presentinho. As cores eram fluorescentes: verde, laranja, amarelo, com desenhos e lacinhos. Fiquei até com pena de abrir mas depois não aguentei e desembrulhei com uma curiosidade que parecia criança.
A primeira que abri era uma geléia dura, amarelinha clara e com dentro uns negocinhos escuros. Dei uma mordida e senti o sabor azedinho da geléia, que parecia limão mas tinha um gosto mais 'perfumado' e, morrendo de curiosidade, adentei o negocinho escuro e comecei a tentar descobrir o que seria.
Era uma coisinha pequena, ovale e com uma casquinha. Dentro tinha uma massinha com um sabor que me pareceu familiar e, para ver se conseguia descobrir, mordi a outra e enquanto mastigava fui olhar bem de pertinho a metade restante e imediatamente meu cérebro mandou uma mensagem ao paladar: é feijão!!!!
Caracas, uma bala com recheio de FEIJãO PRETO!?!?!?!?!? Puááááh!

Aí fiquei desconfiada e abri outra: essa era uma bala cristalina amarelo forte e com no meio, uma coisinha incrustada que parecia um pistache. Dei uma lambida no caroço e era bem salgadinho, ok pistache. Comecei a chupar e o gosto parecia de bala de açúcar cristalizado, quase sem sabor, só doce. Mas nada de acabar prá que eu pudesse finalmente mastigar o pistache. Mordi e estraçalhei ela e quando fui morder o pistache, quase quebrei um dente: o treco era duro como uma semente de ameixa! Tiro da boca e olho: era uma semente mesmo! e cismei que já inha sido chupada! Que sentido tem colocar uma semente dura e seca que não se pode mastigar dentro de uma bala?
Aaaaarrghhhhhh!

Peguei a terceira e fui dar para o Leo, mas não falei nada e fiquei esperando.
Ele admirou a embalagem, abriu e era uma geléia um pouco maior do que aquela do feijão, só que cor-de-rosa e com dentro uns pedacinhos bordô. Mordeu, saboreou e disse:
- hummm... deliciosa!
Perguntei: - o que tem dentro?
- uns pedacinhos de cereja, que contrastam com o doce suave da geléia...
- tem certeza???
- parece cereja, tem gosto de cereja, é gostosa, então...
- me dá um pedacinho?
- não, não. você já chupou duas.deixa de ser gulosa.

Nem depois que contei a história das balas ele me deu um pedaço. E ainda me disse "bem feito".

Buá.